Venda de produtos falsificados ocorre livremente no Centro do Rio
Imitações de celulares de marcas famosas são vendidas livremente no mercado popular da Uruguaiana, no Centro do Rio. Na manhã desta terça-feira (31), uma equipe do RJTV fez vários flagrantes do comércio do material. Em muitos casos, os vendedores admitem se tratar de cópias. No início de 2011, a Polícia Civil prometeu instalar uma base fixa na Uruguaiana, mas o problema está longe de ser resolvido, conforme mostrou o RJTV.
A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) informou que o papel de combater a pirataria é da Polícia Civil. Os guardas municipais agem para tirar das ruas os comerciantes que atuam irregularmente. No caso da Uruguaiana, a Seop disse que já notificou os comerciantes para que providenciem o termo de concessão de uso do terreno, que pertence ao metrô.
Promessa em 2011
Em janeiro de 2011, a Polícia Civil fez uma grande operação contra a venda de mercadorias ilegais na Uruguaiana. Mais de mil boxes foram fechados e caminhões de produtos piratas apreendidos. Na época, a chefia de polícia anunciou a implantação de uma base fixa no camelódromo. Na manhã desta terça-feira, carros da polícia não foram vistos.
Segundo a polícia, os celulares estão entre os dez produtos pirateados mais apreendidos. Mas os campeões do ranking ainda são os DVDs e CDs piratas.
Em meio à infinidade de produtos oferecidos nos boxes da Uruguaiana, alguns chamam a atenção pela ousadia dos vendedores. Um Iphone, por exemplo, pode ser comprado por R$ 110. Mas, de acordo com a polícia, o produto é falsificado.
Com uma microcâmera, os produtores do RJTV percorreram os corredores do mercado popular. Vários quiosques oferecem o Iphone a preços baixos. O vendedor mostra como o aparelho funciona e não esconde que o produto é de origem duvidosa. Nas lojas autorizadas o smartphone da Apple é vendido por cerca de R$ 1.500. Na Uruguaia, é vendido por um preço 10% mais barato. Alguns nem sequer conseguem explicar como o celular funciona.
Os produtos falsificados vêm com acessórios que não existem no original, como antena para sinal de TV. Os vendedores prometem trocar o produto em caso de defeito.
Muitos deles oferecem garantia para os celulares, sem mesmo saber a procedência do produto. Alguns até alegam que os fornecedores não trocam os aparelhos. De acordo com a polícia, todo o material faz parte de um grande contrabando. Próximo a um ambulante que vendia material pirata, podia ser visto um carro da Delegacia de Roubos e Furtos.