Quando o amor vira dependência: saiba como identificar e tratar

04/08/2012 12:50

Relações de afeto fazem muito bem à saúde. Prova disso é que pesquisas científicas já atestaram que sentimentos de amor e amizade podem contribuir para o tratamento de doenças cardíacas e do câncer.


Mas quando o amor vira dependência, o que antes só fazia bem pode se tornar um perigo. Mais frequente do que imaginamos, essa mudança de comportamento é considerada uma doença por médicos e especialistas. "O vínculo passa a ser ruim quando ele traz limitações ao bem-estar", explica a psicanalista e professora da PUC-RJ, Joana Soares.

Para ajudar você a identificar se o sentimento passou de saudável para doentio, reunimos abaixo as recomendações que facilitam o reconhecimento e a cura do problema. Confira.
 
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    Reveja toda a relação
    Segundo a psicanalista Joana Soares, traumas como a perda de uma pessoa querida ou uma mudança brusca no estilo de vida podem desencadear uma relação de dependência do parceiro. Nesse quadro, o outro é visto como única fonte de satisfação e segurança. "Ao notar que alguma coisa está diferente, essa pessoa deve rever três aspectos: a sociabilidade, o trabalho e o amor em si. Por exemplo, se ela só sai com o parceiro e evita amigos ou familiares, se a vida profissional não anda bem porque ela só pensa no marido ou namorado e não tem concentração, se ela dorme e come mal, se a rotina do sexo ficou diferente... Tudo isso pode indicar que há dependência e que ela está atrapalhando", explica.
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    Ajude a si mesma ou busque tratamento
    Diante de uma relação onde o foco é sempre o outro, o bem-estar pessoal está em jogo. "Infelizmente, a tendência do ser humano é reverter o quadro quando ele já está dando muitos prejuízos", alerta Joana Novaes. A psicanalista explica que o primeiro passo para a cura é assumir que o problema existe. Ela diz ainda que é possível resolver as questões só, mas a ajuda psicológica pode contribuir ainda mais. Um exemplo de serviço de apoio, assim como o AA (Alcoólicos Anônimos), é o Dasa (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos), com reuniões por todo Brasil. "No AA a regra principal é a do 'por hoje não'no caso dos dependentes de amor é a mesma coisa. O "para sempre" é muito longo. Tem que encarar um dia de cada vez", diz a professora do curso de Psicologia da PUC-RJ.
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    Não aceite recaídas
    Da mesma forma que o perigo está no primeiro gole para quem se recupera do alcoolismo, a pessoa que supera uma dependência amorosa deve se manter vigilante para não repetir os mesmos vícios. "Superar o problema nem sempre implica no fim da relação. Ela pode terminar e a pessoa partir para outra, mas se o parceiro for o mesmo, deve-se deixar o passado pra trás. É como se o relacionamento morresse e tivesse que nascer novo e diferente", afirma ela.

 

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