Montadoras pressionam queda de 3,8% da indústria no 1º semestre

01/08/2012 10:23

 

A produção industrial brasileira teve queda de 3,8% no 1º semestre do ano, segundo divulgou nesta quarta-feira (1º) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A baixa de 18% na produção das montadoras exerceu a maior pressão no indicador para o período.

Nos últimos dias, governo e montadoras intensificaram os debates sobre a geração de empregos no setor. Uma ameaça da GM, de demitir em massa, fez com que até mesmo a presidente Dilma Rousseff entrasse na briga. Os fabricantes querem a continuidade da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), enquanto o governo quer a garantia da criação de empregos.

A produção industrial variou 0,2% em junho, em relação ao mês anterior, após três meses seguidos de taxas negativas, que acumularam perdas de 2,1%. A produção de veículos automotores teve alta de 3% no mês.

Já na comparação com junho de 2011, a indústria apontou queda de 5,5%, décimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2009 (-7,6%).

No fechamento do segundo trimestre de 2012, o setor industrial ficou negativo tanto na comparação com o mesmo período de 2011 (-4,5%), como em relação ao 1º trimestre (-1,1%).

Desempenho da indústria preocupa

O cenário atual de dificuldade da atividade brasileira em se recuperar é acentuado principalmente pelo desempenho da indústria, que concentra grande parte das preocupações do governo, que vem anunciando medidas de estímulo à atividade.

Diante disso, o próprio governo já cortou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 3%, embora ainda seja melhor que a perspectiva do Banco Central, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%.

As autoridades vêm ampliando as ações em várias frentes para impulsionar a atividade --enquanto o governo anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores e aumento das compras federais, o BC cortou pela oitava vez seguida a taxa básica de juros, a Selic, para o atual recorde de baixa de 8%.

Governo deve anunciar novas medidas

A própria presidente Dilma Rouseff afirmou que o governo anunciará em agosto e setembro medidas para estimular a economia.

A expectativa é de uma retomada da economia no segundo semestre, depois de o Produto Interno Bruto (PIB) ter crescido apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, comparado com os últimos três meses de 2011.

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