Caminhoneiros dizem que protesto na Dutra não tem prazo para acabar

31/07/2012 14:35

Caminhoneiros parados na Rodovia Presidente Dutra, altura de Piraí (Foto: Janaina Carvalho/G1)

 

Caminhoneiros que continuam parados na Rodovia Presidente Dutra em protesto contra a lei que regulamenta a jornada de trabalho da categoria afirmam que as manifestações só acabarão quando suas reivindicações forem atendidas.

De acordo com o grupo, a falta de pontos de apoio para fazer as paradas a cada quatro horas, como determina a nova Lei Federal 12.619, torna inviável e mais perigoso o trabalho deles nas estradas.

“Eles querem construir a casa começando pelo telhado. Não precisa ser mestre de obras para saber que uma casa começa a ser erguida pela fundação. Antes de fazerem todas essas exigências, os pontos de apoio precisam ser criados”, afirma o caminhoneiro Dorival Sartório, de 44 anos.

Segundo ele, para que os caminhoneiros parem a cada quatro horas rodadas, é fundamental que sejam criados pontos de apoio nas estradas. Para a categoria, os assaltos e os riscos aos quais os caminhoneiros ficam suscetíveis nas rodovias do país vão aumentar se eles forem obrigados a pararem em qualquer trecho,

“Às vezes ficamos parados mais de três horas em engarrafamentos. Com o tempo que resta (1h), não dá tempo de chegar em um lugar seguro na maioria das vezes”, afirmou Dorival.

Riscos
O risco de parar em qualquer lugar na estrada é o principal receio da categoria. “Venho de Curitiba para o Rio e não posso parar em São Paulo em determinados horários. Em função das restrições, só vou poder parar na região onde mais se rouba caminhão”, afirma o motorista que prefere ser identificado pelo apelido de Baiano.

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